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segunda-feira, 11 de maio de 2009

COMO ESTÃO VIVENDO OS DEMITIDOS

Desprovidos de seus salários os trabalhadores amargam dívidas e uma outra realidade de vida, para alguns a única fonte fixa de renda era o salário do trabalho prestado ao município. O blog foi atrás de um dos demitidos para saber como está a situação sem o emprego.

Encontramos a ex – agente comunitária, Maria do Socorro Ferreira de Souza de 42 anos de idade, mãe de três filhos dois desses menores de idade, um com idade de cinco anos e outro com dois, sendo que o de dois sofre com síndrome de dau , socorro é mãe solteira.

A ACS entrou para o trabalho no ano de 1992, como comprova alguns certificados de cursos feitos na época para trabalhar a prevenção da população do contagio da cólera. Em maio de 95 Socorro se desligou do programa, pois todos os funcionários públicos amargavam na época quatro meses sem receberem seus salários, em 97 e 98 voltou para o serviço público como merendeira da comunidade Batata e em 2002 por ter os conhecimento e vários treinamentos e cursos para exercer a função de agente comunitária fez uma prova seletiva e voltou para o antigo trabalho. Passou então a percorrer uma das regiões mais carentes e de difícil acesso do município, como as comunidades de Rio Verde e Tauarí dentre outras, localidades que Socorro fazia a maior parte das visitas domiciliares utilizando como transporte a canoa, pois na maioria o acesso é só pelo igarapé.

Durante seis anos após o retorno para o trabalho foi em 2008 que Socorro no período da campanha se negou a participar das reuniões políticas do PT em sua região, porem conta ela, que em uma dessas reuniões na sua comunidade foi obrigada pelo seu superior a falar em público para os comunitários como não mencionou o pedido de voto ao candidato Henrique Costa (PT) foi “ marcada” .

No dia 22 de janeiro deste ano a ACS foi comunicada através de um oficio circular de que teria que devolver os materiais de trabalhos bem como a partir do final do mesmo mês não faria mais parte do PACS (programa de agentes comunitários de saúde) e que sua demissão se dava pelo processo seletivo que seria feito para efetivar os funcionários o documento foi assinada pelo coordenador do programa, enfermeiro Anderson Souza. Socorro procurou a secretaria mais nenhuma esclarecimento foi lhe dado.

Socorro então como outros ACS’s entraram na Justiça pedindo o retorno para o trabalho mais até o momento não houve manifestação nenhuma do poder Judiciário de Juruti.

Socorro atualmente está morando na casa da sua mãe na cidade, ano passado fez um empréstimo consiguinação em folha avaliado pela prefeitura exclusivo para funcionários estáveis no serviço público. “Meu empréstimo é de 46 parcelas” conta ela. Já foram pagas 10 e nos últimos meses desempregada não está quitando o débito no Banco do Brasil, nesses contratos os responsáveis pelos empréstimos são os funcionários públicos, a ex-ACS diz estar passando necessidades com os filhos pois sua segunda fonte de renda seria a agricultura no momento não tem plantação nenhuma feita em função da profissão que exercia.

Para surpresa de todos já existe uma outra pessoa trabalhando em lugar de Socorro na região do Batata e não foi feita nenhuma prova seletiva básica muito menos concurso para o cargo porem trata-se de um apadrinhado do prefeito Henrique Costa que pedia voto em sua campanha.

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